domingo, 16 de junho de 2019

ATOS 12


ATOS 12


Este capítulo tem um pouco a natureza de um parêntese. Somos novamente levados de volta à Jerusalém, para ouvir sobre a perseguição de Herodes aos santos e sobre como Deus lidou com ele. Tiago, o irmão de João, caiu como vítima. Ele foi um dos três especialmente favorecidos no monte da Transfiguração, no Getsêmani e em outras ocasiões. Por que o Senhor não interferiu em seu favor, como fez com Pedro, quem pode dizer? Mas Ele não o fez, e o primeiro do grupo apostólico caiu. Herodes estava procurando o favor dos judeus, assim como Pilatos estava quando crucificou o Senhor; e, vendo que os judeus estavam satisfeitos, ele passou a prender Pedro. Então, novamente, encontramos o judeu fazendo a parte que trouxe sobre eles “a ira ... até ao fim [ao máximo – JND], de acordo com 1 Tessalonicenses 2:14-16.
A prisão de Pedro colocou a Igreja de joelhos. Seu apelo era para Deus e não para o homem. As últimas dez palavras do versículo 5 apresentam de maneira notável a essência da oração eficaz. Foi “a Deus” e, portanto, oração verdadeira. Era “da igreja” e, portanto, uma oração unida. Era “por ele” e, portanto, definida – não se perdendo entre centenas de pedidos, mas concentrada em um objeto especial. Foi “sem cessar” e, portanto, fervorosa e insistente – o tipo de oração que obtém respostas, de acordo com Lucas 18:1 e Tiago 5:16. A oração da Igreja trouxe um anjo do céu para libertar.
Herodes tinha seu prisioneiro nas mãos de dezesseis soldados, acorrentados e trancados atrás das grades: rumores sobre libertações anteriores devem ter chegado aos seus ouvidos. Todas estas coisas foram como nada diante do anjo, e Pedro foi conduzido à liberdade. Muitos ainda estavam orando na casa de Maria, mãe de Marcos e irmã de Barnabé. Para ali Pedro se dirigiu. Enquanto eles ainda estavam suplicando a Deus pela libertação de Pedro, o homem libertado bateu na porta. Oh! A resposta à oração deles estava ali. Eles dificilmente puderam acreditar, e nisso eles eram muito parecidos conosco. A resposta de Deus foi além de sua fé.
Os judeus ficaram desapontados e Herodes foi frustrado quanto à sua presa. As únicas pessoas que morreram no dia seguinte foram os desafortunados soldados responsáveis ​​pela guarda de Pedro.
Mas Deus não tinha terminado com Herodes, embora Herodes tenha terminado com Pedro. O infeliz rei glorificou-se diante do povo de Tiro e Sidom com o trono e a vestimenta da realeza e fazendo-lhes uma declamação pública. Foi um enorme sucesso diplomático, e o povo lhe concedeu, e ele aceitou, honras devido a “um deus” (ARA). Naquele momento, o anjo do Senhor o feriu. Ele, um mero mortal, aceitou honras que eram devidas a Deus. Hoje homens poderosos, ainda que mortais, estão chegando perto de fazer a mesma coisa, e poderemos ainda vê-los desaparecer de maneira miserável do palco da vida.
Duas vezes neste capítulo recebemos o anjo do Senhor tocando. Ele “tocou o lado de Pedro” (ARA) e, como resultado, o despertou. Ele “feriu” Herodes e instantaneamente o derrubou, pois ele foi “comido de vermes e expirou”. A carne humana tem sido frequentemente comida de vermes após a morte, mas no caso de Herodes, foi antes da morte. Um fim mais horrível dificilmente poderia ser concebido. Com Tiago, Herodes foi autorizado a ter a sua pequena diversão; com Pedro, ele foi frustrado; e então Deus fez dele um tolo, exigindo sua alma em meio a cenas de miséria e angústia indescritíveis.
O versículo 24 nos fornece um contraste impressionante. À medida que os vermes cresciam e se multiplicavam no corpo miserável de Herodes, a Palavra de Deus crescia e se multiplicava nos corações de muitos. Quando agrada a Deus derrubar um adversário, Ele não precisa Se esforçar: alguns vermes bastarão para cumprir o Seu fim. A Palavra de Deus é aquela que realiza o seu fim de bênção nas almas dos homens.
O versículo 25 retorna ao assunto do último versículo do capítulo anterior. Barnabé e Saulo tinham ido a Jerusalém com a oferta dos santos de Antioquia, e tendo cumprido este serviço eles retornaram, levando Marcos com eles. Ao abrirmos o próximo capítulo, nossos pensamentos se centram uma vez mais em Antioquia e no trabalho ali.

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